Eu conhecia aqueles passos, a ultima vez que eu ouvira aquele som a situação ficou insustentável. Nem todos tem a obrigação de conviver com criaturas que nao se tocam e desrespeitam o silencio anônimo.
Dado da Arte - Tarsila do Amaral
09:03 |
O nosso material didático do Grupo Positivo, propôs a criação de um 'Dado da Arte'. A nossa professora, Luciana, aproveitou e como estávamos trabalhando no blog, mandou que fizéssemos com obras do artista do blog. O meu artista é Tarsila do Amaral, e hoje trago para vocês o resultado deste trabalho:
Para montar, basta imprimir
Fases de Tarsila
10:28 |
'Manteau Rouge'-1923 óleo/tela 73 x 60cm Assin.:"Tarsila 1923" Col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ |
Tarsila, com sua obra, revolucionou a arte no Brasil. Ela iniciou seus estudos em São Paulo com Pedro Alexandrino, mestre acadêmico. Em Paris, no início dos anos vinte, estudou na Academia Julian e com Emile Renard, já aparecendo como artista de vanguarda. Dessa primeira fase de sua pintura temos como exemplo "A Samaritana", 1911; "Pátio do Colégio", 1921 e "Chapéu Azul", 1922.
Passou por uma fase impressionista, mas quando retornou ao Brasil em 1922, entrou em contato com o grupo modernista e começou a mudar sua pintura. Em 1923, de volta a Paris, entrou em contato com o cubismo (escola de pintura onde predominam figuras geométricas). Pintou "A Negra" e empolgou Fernand Léger, seu professor na época. Iniciou a pintura intitulada pau-brasil"" , onde a artista usou o cubismo como técnica, mas inovou colocando em suas telas temas e cores bem brasileiros. Tarsila criou o conceito de brasilidade, pois foi o "primeiro pintor" a usar as cores caipiras e a utilizar-se de temas do cotidiano do Brasil, lembrando-se muito de sua infância e adolescência vividas nas fazendas de seu pai. Dessa fase podem ser lembrados os quadros "Auto-retrato" ou "Manteau Rouge", 1923; "E.F.C.B.", 1924; "Carnaval em Madureira", 1924; "A Cuca", 1924; "Auto-Retrato", 1924; "O Pescador", 1925; "Religião Brasileira", 1927 e "Manacá", 1927.
Posteriormente, quando pintou o "Abaporu", em 1928, querendo causar impacto em seu marido Oswald de Andrade, Tarsila iniciou o Movimento Antropofágico no Brasil. Este movimento, liderado por Oswald, propunha a "deglutição" da cultura européia, tranformando-a em algo bem brasileiro, e a figura do "Abaporu" idealizava o processo da deglutição. Esta fase da pintura de Tarsila intitulada Antropofágica é a mais importante de sua carreira. Temos como exemplo dessa fase os quadros: "Abaporu", 1928; "O Lago", 1928; "O Ovo" ou "Urutu", 1928; "A Lua",1928; "Cartão Postal", 1929 e "Antropofagia", 1929.
Em 1933, depois de visitar a ex-URSS, pintou o quadro "Operários". Assim, mais uma vez precursora, Tarsila iniciou a pintura com temas sociais no Brasil. Nessa fase pintou também "Segunda Classe". Nos anos cinquenta a artista retomou as paisagens e as cores brasileiras que tanto a caracterizaram e voltou à pintura pau-brasil, agora intitulada neo pau-brasil. Tarsila fez duas grandes exposições em Paris nos anos vinte (1926 e 1929), com grande sucesso. Expôs no Brasil individualmente pela primeira vez em 1929. Até seu falecimento, participou de diversas exposições no Brasil e em vários lugares do mundo. Inovou sempre e contribuiu para mudar o rumo das artes do Brasil, junto com o grupo modernista brasileiro, mas mesmo dentro do grupo, sempre foi precursora, sendo assim considerada um dos artistas de maior importância na arte brasileira.
Representações de Tarsila na cultura
10:24 |
Tarsila do Amaral já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretada por Ester Góes no filme "Eternamente Pagu" (1987), Eliane Giardini nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK (minissérie)JK" (2006).
A artista também foi tema da peça teatral Tarsila, escrita entre novembro de 2001 e maio de 2002 por Maria Adelaide Amaral. A peça foi encenada em 2003 e publicada em forma de livro em 2004. A personagem-título foi interpretada pela atriz Ester Góes e a peça também tinha Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti como personagens.
Tarsila do Amaral foi homenageada pela União Astronômica Internacional, que em 20 de novembro de 2008 atribuiu o nome "Amaral" a uma cratera do planeta Mercúrio.
Em 2008, foi lançado o Catálogo Raisonné Tarsila do Amaral, uma catalogação completa das obras da artista em três volumes, em realização da Base7 Projetos Culturais, com patrocínio da Petrobras, numa parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo.
Confira abaixo o vídeo de Eliane Giardini interpretando Tarsila do Amaral na minissérie "Um só coração":
Capítulo em que Tarsila do Amaral surge pela primeira vez na minissérie "Um só Coração".
Movimento Pau-brasil
10:18 |
Marcadores:
Movimentos Artísticos
'A Cuca'-1924 óleo/tela 73 X 100cm, Col. do Museu de Grenoble, França |
O movimento exaltava a inovação na poesia, o primitivismo e a era presente, ao mesmo tempo em que repudiava a linguagem retórica na poesia. Convivem dialeticamente o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita, sendo ideologicamente a raiz do Movimento Antropofágico.
Estilisticamente, é principalmente representado por Poesia Pau-Brasil de Oswald e pela poesia do francês Blaise Cendrars, ambos com inspiração na estética cubista do texto "A anti-tradição futurista" de Guillaume Apollinaire.
ANÁLISE: Antropofagia
09:43 |
Marcadores:
Análises de Obras
Nesta tela temos a junção do "Abaporu" com "A Negra". Este aparece invertido em relação ao quadro original. Trata-se de uma das telas mais significativas de Tarsila e o colecionador Eduardo Costantini, dono do "Abaporu", está muito interessado no quadro e já ofereceu uma soma muito alta por ele (que foi recusada pelos atuais donos).
ANÁLISE: A Negra
12:14 |
Marcadores:
Análises de Obras
Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.
Assinar:
Postagens (Atom)